Sobre quiénes somos y qué dicen que somos
¿qué revelan los rituales de las Comisiones de Heteroidentificación?
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https://doi.org/10.20336/rbs.902Palabras clave:
Acción Afirmativa, Igualdad Racial, Comisiones de Heteroidentificación, Acceso a la Educación Superior; Universidad Federal del Estado de Río de JaneiroResumen
Una de las prácticas recientes relacionadas con la implementación de políticas de acción afirmativa dirigidas a promover la equidad racial es el establecimiento de Comisiones de Heteroidentificación Racial. Dichas comisiones fueron incorporadas como un paso regular necesario en diferentes procesos de acceso a las instituciones públicas, y cumplen el rol de validar la pertenencia étnico-racial de un candidato y, en consecuencia, de verificar la legitimidad para la ocupación de una plaza destinada a grupos negros, quilombolas o pueblos indígenas. Este trabajo trató de responder a la siguiente pregunta: ¿qué interferencias se presentan al momento de la apreciación de la pertenencia racial, promovida por las comisiones de verificación? Para ello, se utilizó un enfoque metodológico multidimensional: en un primer nivel, con análisis de documentos, observación de los procedimientos de las comisiones y observaciones producidas a partir de la participación en un curso de preparación para miembros de comisiones; y en un segundo nivel, con entrevistas semiestructuradas dirigidas a los agentes institucionales involucrados en el proceso de apreciación. A partir de la observación del modelo implementado em el grado de la Universidad Federal del Estado de Río de Janeiro, argumentamos que la elaboración de la alteridad desencadenada durante las entrevistas reproduce de manera ritual dinámicas de poder y conflicto que i) revelan la existencia de tensión entre la objetividad de los procedimientos y la subjetividad de la apreciación y 2ii) actualizar la discusión sobre el sistema de clasificación racial, hasta entonces considerado obsoleto para el debate sobre las relaciones raciales en Brasil.
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