O balão, o serrote e o indivíduo

cosmopolítica do memorialismo modernista

Visualizações: 283

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.874

Palabras clave:

Memorialismo, modernismo, cosmopolitismo, individualismo, subjetividade

Resumen

Este artigo apresenta os primeiros resultados de pesquisa mais ampla que propõe uma nova frente de investigação do memorialismo modernista mineiro e busca testar as possibilidades, alcances e limites de tratá-lo, sociologicamente, como uma experiência reflexiva da figuração do indivíduo, dos processos sociais de subjetivação e do conflito entre indivíduo e sociedade. Aqui nos concentraremos nas escritas autobiográficas de dois protagonistas centrais dessa prática literária e social: Balão cativo (1973), de Pedro Nava, e A idade do serrote (1968), de Murilo Mendes. Antes de concluir, fazemos ainda uma consideração intermediária sobre Menino sem passado (1936-1948), de Silviano Santiago (2021), como um dispositivo anacrônico de reescrita radical dos dois livros citados, que joga, teórica e ficcionalmente, com os modos, direções e intensidades de diferenciação de linhas de ação/individualização e com as relações de tensão entre elas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

André Botelho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em Ciências Sociais (UNICAMP) e Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Lucas van Hombeeck, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ).

Citas

Aguiar, Joaquim A. de. (1998). Espaços da memória. Um estudo sobre Pedro Nava. Edusp/Fapesp.

Andrade, Mário de. (2012). A poesia em pânico. In M. Andrade, O empalhador de passarinho (pp. 41-47). Nova Fronteira.

Andrade, Mário de. (1974a). A poesia em 1930. In M. Andrade, Aspectos da literatura brasileira (pp. 26-46). Martins.

Andrade, Mário de. (1974b). O movimento modernista. In M. Andrade, Aspectos da literatura brasileira (pp. 231-255). Martins.

Arruda, Maria Arminda do N. (1988). Minas: tempo e memória. O eixo e a roda: Revista de Literatura Brasileira, 6, 21-42.

Botelho, André & Hoelz, Maurício. (2022). O Modernismo como movimento cultural. Mário de Andrade, um aprendizado. Vozes.

Candido, Antonio. (1989). Poesia e ficção na autobiografia. In A. Candido, A educação pela noite & outros ensaios (pp. 51-71). Ática.

Cardoso, Marília R. (2015). Duas lições de cartografia fantástica. Conexão Letras, 10(13), 43-49.

Foucault, Michel. (2019). A hermenêutica do sujeito. Martins Fontes.

Foucault, Michel. (1994). L’écriture de soi. In. M. Foucault. Dits et Écrits, tome IV, texte 329. Gallimard.

Furtado, Fernando F. F. (2001). Desdobramentos da figura materna na prosa memorialística de Murilo Mendes. Revista de Ciências Humanas, 1(2), 117-124.

Furtado, Fernando F. F. (2003) Murilo na cidade: os horizontes portáteis do mito. Edifurb.

Hoelz, Maurício & Botelho, André P. (2016). Sociologias da literatura: do reflexo à reflexividade. Tempo Social, 28(3), 263-287.

Lahire, Bernard. (2004). Retratos sociológicos; disposições e variações individuais. Artes Médicas.

Lahire, Bernard. (2002). O homem plural: os determinantes da ação. Vozes.

Lejeune, Philippe. (2014). O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Editora UFMG.

Löwy, Michael. (2002). A filosofia da história de Walter Benjamin. Estudos avançados, 16(45), 199-206. https://doi.org/10.1590/S0103-40142002000200013

Martuccelli, Danilo. (2007). Cambio de rumbo: la sociedad a escala del individuo. LOM.

Martuccelli, Danilo. (2019). Variantes del individualismo. Estudios Sociológicos, 37(109), 7-37. https://doi.org/10.24201/es.2019v37n109.1732

Martuccelli, Danilo & Singly, François de. (2012). Las sociologías del individuo. LOM Ediciones.

Mendes, Murilo. (2018). A idade do serrote. Companhia das Letras.

Merquior, José G. (2016) Murilo Mendes ou a poética do visionário. In J. Merquior, Razão do poema: ensaios de crítica e de estética (pp. 125-166). É Realizações.

Nava, Pedro. (2012). Balão cativo. Companhia das Letras.

Santiago, Silviano. (2021). Menino sem passado (1936-1948). Companhia das Letras.

Santiago, Silviano. (2020a). Fisiologia da Composição. CEPE Editora.

Santiago, Silviano. (2020b). Anotações sobre ‘Fisiologia da Composição’. Suplemento Pernambuco, (178).

Santiago, Silviano. (2018) Toda a memória do mundo (Digressão sobre o narrador ficcional). Ao Largo, 2(7), 61-78.

Santiago, Silviano. (2017). Murilo Mendes: catolicismo primitivo / mentalidade moderna. In. I. Caldeira et al. (org.), The edge of one of many circles: homenagem a Irene Ramalho Santos (pp. 575-592, Vol. I.). Imprensa da Universidade de Coimbra.

Santiago, Silviano. (1978) Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Simmel, Georg. (2006). Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade. Jorge Zahar.

Simmel, Georg. (1988). La tragédie de la culture. Petite Bibliotèque Rivages.

Waizbort, Leopoldo. (1995). Introdução. In M. Weber. Os fundamentos racionais e sociológicos da música (pp. 23-51). Edusp.

Publicado

25-10-2022

Cómo citar

Botelho, A., & van Hombeeck, L. (2022). O balão, o serrote e o indivíduo: cosmopolítica do memorialismo modernista. Revista Brasileña De Sociología, 10(25). https://doi.org/10.20336/rbs.874