Tornozeleiras eletrônicas, mobilidades e construção de subjetividades

a constituição de uma infraestrutura de vigilância penal

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Autores

  • Helena Lancellotti Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Restinga https://orcid.org/0000-0002-5674-4258

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.941

Palavras-chave:

infrastructure, electronic ankle bracelets, subjectivities, mobility, objects

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender a constituição de uma infraestrutura de vigilância penal que permite a (i)imobilidade de pessoas com tornozeleiras eletrônicas na cidade de Porto Alegre e os efeitos dessa gestão na vida cotidiana de apenados e apenadas. No Brasil, tornozeleiras eletrônicas têm sido a principal tecnologia utilizada no monitoramento eletrônico de presos e presas fora do espaço de um presídio. Carregam promessas de ressocialização e de redução de custos, da superlotação carcerária e de vigilância. O funcionamento da tornozeleira eletrônica ocorre através da constituição de uma infraestrutura de vigilância penal, em que elementos humanos e não humanos conectam-se em distintas escalas, possibilitando a sua funcionalidade. Essas conexões e os seus efeitos foram apreendidas através de um trabalho de campo multissituado a partir da observação e de entrevistas com profissionais atuantes no monitoramento eletrônico de Porto Alegre, agentes de justiça e com pessoas monitoradas e suas redes familiares, além da análise de cartilhas e legislações. Refletir sobre esta tecnologia significa a entendermos como um objeto e como parte de uma infraestrutura de vigilância em que uma série de escalas conectam não apenas elementos técnicos, mas formas de governar, classificar, vigiar movimentos e permitir ou não a mobilidade das pessoas.

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Biografia do Autor

Helena Lancellotti, Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Restinga

Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul –
Campus Restinga. Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em
Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

10/26/2023

Como Citar

Lancellotti, H. (2023). Tornozeleiras eletrônicas, mobilidades e construção de subjetividades: a constituição de uma infraestrutura de vigilância penal. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 11(28), 75–97. https://doi.org/10.20336/rbs.941

Edição

Seção

Dossiê (I)mobilidades socioespaciais