Mobilidades, emergência climática e a street art de Lisboa

Visualizações: 246

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.926

Palavras-chave:

Mobilidades, Emergência climática, Street art, Cidades, Lisboa

Resumo

O presente trabalho pretende examinar e refletir sobre as relações entre mobilidade, emergência climática e street art em Lisboa, adotando uma abordagem interdisciplinar. A partir do novo paradigma da mobilidade, procuramos estabelecer a relevância das expressões urbanas artísticas como arena de discussão pública na cidade, enquanto utilizamos como eixo de análise seu caráter efêmero e (i)móvel, legal e ilegal. Analisando o impacto das mobilidades, em especial a do automóvel, o texto apresenta questões relativas ao clima na cidade de Lisboa e de como a street art tem se relacionado com as mobilidades, como refletem a emergência climática e como esboçam um esgotamento de modos de vida contemporâneos e o desejo por outros mundos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Susana Batel, ISCTE-Cis-IUL

Investigadora integrada do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-Cis-IUL)

Referências

Andrade, Silvânia S. C. A., & Jorge, Maria Helena P. M. (2017). Internações hospitalares por lesões decorrentes de acidente de transporte terrestre no Brasil, 2013: permanência e gastos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26 (1), 31–38.

Araujo, Marivânia Conceição de. (2008). A teoria das representações sociais e a pesquisa antropológica. Revista Hospitalidade, 5 (2), 98-119.

Bachelard, Gaston. (1978). A poética do espaço. Abril Cultural.

Barthes, Roland (1984). A câmara clara. Nova Fronteira.

Batel, Susana. (2021). A brief excursion into the many scales and voices of renewable energy colonialism. In Feldpausch-Parker, A. M. et al. (eds.) The Routledge handbook of energy democracy. (pp. 119-132). Routledge.

Batel, Susana, & Castro, Paula (2018). Reopening the dialogue between the theory of social representations and discursive psychology for examining the construction and transformation of meaning in discourse and communication. Br. J. Soc. Psychol. 57, 732–753.

Batel, Susana, Castro, Paula, Devine-Wright, Patrick, & Howarth, Caroline (2016). Developing a critical agenda to understand pro-environmental actions: contributions from Social Representations and Social Practices Theories. WIREs Clim Change 2016, 7, 727–745.

Bijker, Wiebe E. (1995). Of bicycles, bakelites, and bulbs: toward a theory of sociotechnical change. The MIT Press.

Bourdieu, Pierre (2007). A economia das trocas simbólicas. Perspectiva.

Cachado, Rita Á. et al. (2017). Usos e meios de transporte na Área Metropolitana de Lisboa: uma abordagem qualitativa da mobilidade. Análise Social, 52 (223), 392-415.

Câmara Municipal de Lisboa (2019). MOVE Lisboa – Visão Estratégica para a Mobilidade 2030. Lisboa, 20 out. 2019. Disponível em: https://www.am-lisboa.pt/documentos/1570551055R8rJZ5qh2Ip11PZ9.pdf. Acesso em: 22 jan. 2023.

Câmara Municipal de Lisboa. (2020). Revista Municipal Trimestral, n. 29.

Campos, Ricardo. (2007). Pintando a cidade: uma abordagem antropológica ao graffiti urbano. Tese (Doutorado em Antropologia Visual), Universidade Aberta.

Campos, Ricardo, & Sequeira, Ágata (2019). Entre VHILS e os Jerónimos: arte urbana de Lisboa enquanto objeto turístico. Horizontes Antropológicos, 25 (55), 119-151. https://doi.org/10.1590/s0104-71832019000300005.

Campos, Ricardo, & Sequeira, Ágata (2018). O mundo da arte urbana emergente: contextos e atores. Revista Luso-brasileira de Artes e Cultura, 1 (2), 70-93.

Canelas, Joana, & Carvalho, António. (2023). The dark side of the energy transition: Extractivist violence, energy (In) justice and lithium mining in Portugal. Energy Research & Social Science, 100, art. 103096.

Christmann, Gabriela B. (2008). The Power of photographs of buildings in the Dresden urban discourse. Towards a visual discourse analysis. Forum: Qualitative Social Research, 9 (3), art. 11. https://doi.org/10.17169/fqs-9.3.1163

Cocola-Gant, Augustin, & Gago, Ana. (2021). Airbnb, buy-to-let investment and tourism-driven displacement: A case study in Lisbon. Environment and Planning A: Economy and Space, 53 (7), 1671-1688.

Costa, João Manuel H. F. (2008). Um caso de patrimônio local: a tomada de Lisboa pelos ascensores. Dissertação (Mestrado em Estudos do Patrimônio), Universidade de Lisboa.

Costa, Luizan P. (2007). Grafite e Pixação: institucionalização e transgressão na cena contemporânea. In III Encontro de História da Arte, IFCH, Universidade Estadual de Campinas.

Cresswell, Tim. (2006). On the move: mobility in the modern western world. Routledge.

Crutzen, Paul J. (2002). Geology of mankind. Nature, 415, 23.

De Lima Pinto, Simã Catarina. (2020). O novo paradigma epistemológico das mobilidades na dicotomia entre o espaço público e privado. Revista Húmus, 10 (29).

Donário, Arlindo, & Santos, Ricardo. (2012). Custo Económico e social dos acidentes de viação em Portugal. Ediual.

Gorz, André (2005). A ideologia social do automóvel. In: LUDD, Ned. (org). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. (p. 73-82) Conrad Editora do Brasil.

Harvey, David (2015). Paris, capital da modernidade. Boitempo Editorial.

Harvey, David (2012). O direito à cidade. Lutas Sociais, 29, 73–89.

Henriques, Rita S. S. (2015). Avaliação da implementação da fase III da Zona de Emissões Reduzidas de Lisboa. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Ambiente), Universidade Nova de Lisboa.

Instituto Nacional de Estatística (INE) (2018). Mobilidade e funcionalidade do território nas Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa. Lisboa.

Jacques, Paola B. (2012). Elogio aos Errantes. Edufba.

Jérez, Barbara, Garcés, Ingrid, & Torres, Robinson (2021). Lithium extractivism and water injustices in the Salar de Atacama, Chile: The colonial shadow of green electromobility. Political Geography, 87, 102382.

Karlander, David. (2016). Fleeting graffiti: Backjumps, mobilities and metro semiotics. Tilburg Paper in Culture Studies, n. 161.

Kemmer, Laura. (2020). Bonding - Infrastructure, affect, and the emergence of urban collectivity. Tese (Doutorado em Filosofia), Universität Hamburg.

Konzen, Lucas P. (2011). A mudança de paradigma em sociologia urbana: do paradigma ecológico ao socioespacial. Revista de Ciências Humanas, 45 (1), 79-99.

Latour, Bruno. (2018). Down to Earth: Politics in the new climate regime. Polity Press.

Lefebvre, Henri. (2001). O direito à cidade. Centauro.

Lefebvre, Henri (1991). The production of Space. Blackwell.

Lutz, Catherine, & Fernandez, Anne L. (2010) Carjacked: the culture of the automobile and its effect on our lives. Palgrave Mcmillan.

McAuliffe, Cameron. (2013). Legal walls and professional paths: The mobilities of graffiti writers in Sydney. Urban Studies, 50 (3), 518-537.

MacDougall, David. (2005). The corporeal image. Princeton University Press.

Machado, Marino, & Diogo, Nuno. (2022). Trotinetes elétricas–é urgente regulamentar. Acta Médica Portuguesa, 35 (11), 851-852.

Mena, Fernando C., & Dammert-Guardia, Manuel. (2019). Introducción - El derecho a la ciudad: una aproximación. In: Mena, F.C., & Dammert-Guardia, M. (org.). Derecho a la ciudad: una evocación de las transformaciones urbanas en América Latina. CLACSO, Flacso - Ecuador, IFEA.

Mignolo, Walter D. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 32 (94), e-329402.

Morais Neto, Otaliba L. et al. (2012). Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil na última década: tendência e aglomerados de risco. Ciência & Saúde Coletiva, 17 (9), 2223-2236.

Nagel, Rolf. (1983). Imagens da revolução ou graffiti de 1974. Cadernos Bibl. Arq. Doc., 1, 75-80.

ONU - Organização das Nações Unidas. (2021). Global Plan: decade of action for road safety 2021-2030. World Health Organization.

ONU - Organização das Nações Unidas. (2015). Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Acordo de Paris: Adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Recuperado de https://unfccc.int/sites/default/files/french_paris_agreement.pdf

Polli, Gislei M., & Kuhnen, Ariane. (2011). Possibilidades de uso da teoria das representações sociais para os estudos pessoa-ambiente. Estudos de Psicologia, 16 (1), 57-64. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2011000100008

Quintana, Begoña A., & Batel, Susana. (2022). La ‘aldea urbana’frente a la ‘ciudad del lucro’: cuestionando el concepto de ‘NIMBY’mediante un análisis comparativo de la turistificación en Lisboa y Madrid. OBETS. Revista de Ciencias Sociales, 17 (1), 47-62.

Raposo, Otávio, Alves, Ana Rita, Varela, Pedro, & Rodlão, Cristina. (2019). Negro drama. Racismo, segregação e violência policial nas periferias de Lisboa. Revista Crítica de Ciências Sociais, 119, 5-28.

Rodrigues, José Carlos B. (2012). A Implantação do automóvel em Portugal (1895-1910). Tese (Doutorado em História, Filosofia e Patrimônio da Ciência e da Tecnologia), Universidade Nova de Lisboa.

Sampaio, Antônio Heliodorio L. (1998). Forma urbana: cidade-real e cidade-ideal. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo), Universidade de São Paulo.

Sequeira, Ágata (2015). A cidade é o habitat da arte: street art e a construção de espaço público em Lisboa. Tese (Doutorado em Sociologia e Políticas Públicas), Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE-IUL.

Sheller, Mimi (2017). From spatial turn to mobilities turn. Current Sociology, 65 (4), 623-639.

Silva, Carlos Manuel P., Bravo, Jorge Miguel V., & Gonçalves, João Manuel. (2021). Impacto económico e social da sinistralidade rodoviária em Portugal. CEGE – Centro de Estudos de Gestão do ISEG e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Lisboa.

Souza, Maria Luísa de C. C. O. (2013). A mobilidade automóvel em Portugal: a construção do sistema socio-técnico, 1920-1950. Tese (Doutorado em História, Filosofia e Patrimônio da Ciência e da Tecnologia), Universidade Nova de Lisboa.

Trói, Marcelo de & Batel, Susana (2020). Cidade straight versus cidade dissidente: A street art como demarcação do lugar em Lisboa. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, 10 (2), 247-269.

Trói, Marcelo de. (2021). Salvador, cidade movente: corpos dissidentes, mobilidades e direito à cidade. Tese (Doutorado em Cultura e Sociedade), Universidade Federal da Bahia.

Trói, Marcelo de, & Quintilio, Wagner (2020). Coronavírus: lições anti-negacionistas e o futuro do planeta [online]. SciELO em Perspectiva, 2020. https://blog.scielo.org/blog/2020/03/31/coronavirus-licoes-anti-negacionistas-e-o-futuro-do-planeta/

Urry, John. (2010). Mobile sociology. The British Journal of Sociology, 61 (1), 347-366. https://doi.org/10.1111/j.1468-4446.2009.01249.x

Urry, John (2004). The ‘system’ of automobility. Theory, Culture & Society, 21 (4-5), 25-39.

Urry, John (1995). Consuming places. Routledge.

Vasconcelos, Eduardo A. (2008). O custo social da motocicleta no Brasil. Rev Transportes Publicos ANTP, 30-31, 127-142.

Virilio, Paul. (2006). Speed and politics. Semiotext(e).

Downloads

Publicado

10/26/2023

Como Citar

de Trói, M., & Batel, S. (2023). Mobilidades, emergência climática e a street art de Lisboa. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 11(28), 119–147. https://doi.org/10.20336/rbs.926

Edição

Seção

Dossiê (I)mobilidades socioespaciais