Origem de Classe e Destino ao Topo Social no Brasil |Class Origin and Destination to Social Top in Brazil

Visualizações: 2050

Autores

  • José Alcides Figueiredo Santos Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.492

Resumo

O trabalho investiga as relações entre origem e destino de classe social no Brasil com o uso do suplemento de mobilidade social da Pesquisa Nacional por Amostra Domicílio (PNAD) 2014. Os efeitos da origem social foram estimados sob a forma de probabilidades preditas na média dos casos de o filho estar no topo social.A estratégia de investigação e o esquema de classe empregado são algo novo no âmbito dos estudos de mobilidade social no país. A magnitude constatada e a evolução dos efeitos totais e diretos da origem privilegiada colocam em questão o papel equalizador da educação. A origem no topo social tanto incrementa o efeito da escolaridade superior quanto favorece quem fracassa na escola. Os retornos absolutos da escolaridade superior estão caindo. A origem no topo social não é afetada por este processo. Grupos abaixo do topo estão contribuindo para a tendência declinante. No acesso ao topo social, vantagem de origem continua a gerar vantagem de destino no Brasil. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Alcides Figueiredo Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Sociólogo, Doutor em Sociologia, Professor Titular da UFJF, integrante do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFJF, Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq

Referências

BALLARINO, Gabriele; BERNARDI, Fabrizio. (2016), “The intergenerational transmission of inequality and education in fourteen countries: a comparison”. In: BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele (ed.). Education, Occupation and Social Origin. Cheltenham: Edward Elgar Publishing. pp. 255-281.

BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele. (2016a), Education, occupation and social origin: a comparative analysis of the transmission of socio-economic inequalities. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.

BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele. (2016b), “Introduction: Education as the great equalizer: a theoretical framework”. In: BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele (ed.). Education, Occupation and Social Origin. Cheltenham: Edward Elgar Publishing. pp 1-19

BEST, Henning; WOLF, Christof. (2015), “Logistic regression”. In: BEST, Henning; WOLF, Christof (ed.). The SAGE Handbook of Regression Analysis and Causal Inference. Los Angeles: Sage. pp. 153-171.

BIHAGEN, Erik; HARKONEN, Juho. (2016), “The Direct and Indirect Effects of Social Background on Occupational Positions in Sweden: new evidence on old questions”. In: BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele (ed.). Education, Occupation and Social Origin. Cheltenham: Edward Elgar Publishing. pp. 182-198.

BOUCHET-VALAT, Milan; PEUGNY, Camille; VALLET, Luis-André. (2016), “Inequality of Educational Returns in France”. In: BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele (ed.) Education, Occupation and Social Origin. Cheltenham: Edward Elgar Publishing. pp. 20-33.

ERIKSON, Robert; GOLDTHORPE, John. (2002), “Intergenerational inequality: A sociological perspective”. Journal of Economic Perspectives, v. 16, n.3, pp. 31-44.

FIGUEIREDO SANTOS, José A. (2005), “Uma classificação socioeconômica para o Brasil”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 20, n. 58, pp. 27-45.

FIGUEIREDO SANTOS, José A. (2010), “Comprehending the class structure specificity in Brazil”. South African Review of Sociology, v. 41, n. 3, pp. 24-44.

FIGUEIREDO SANTOS, José A. (2014), Esquema de classe para abordar a desigualdade de saúde no Brasil. In: ROSENBERG, F. (org.). Classes sociais, território e saúde: questões metodológicas e políticas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. pp. 39-59. Disponível em: http://www.forumitaborai.fiocruz.br/node/896. Acesso em: 12 ago. 2019.

FIGUEIREDO SANTOS, José A. (2015), “Classe social e deslocamentos de renda no Brasil”. Dados – Revista de Ciências Sociais, v. 58, n. 1, pp. 79-110.

GOLDTHORPE, John. (1997), “Problems of meritocracy”. In: HALSEY, Albert H. et al. (org.). Education: culture, economy and society. New York: Oxford University Press. pp. 646-682.

GOLDTHORPE, John. (2016), Social class mobility in modern Britain: Changing structure, constant process. Journal of the British Academy, v. 4, pp. 89–111.

HANMER, Michael J.; KALKAN, Kerem Ozan. (2013), “Behind the Curve: Clarifying the best approach to calculating predicted probabilities and marginal effects from limited dependent variable models”. American Journal of Political Science, v. 57, n. 1, pp. 263-277.

HÄLLSTEN, Martin. (2013), The class‐origin wage gap: heterogeneity in education and variations across market segments. The British Journal of Sociology, v. 64, n. 4, pp. 662-690.

LONG, J. Scott; FREESE, Jeremy. (2014), Regression Models for Categorical Dependent Variables Using Stata. 3 ed. College Station: Stata Press.

LONG, J. Scott; MUSTILLO, Sarah A. (2018), “Using predictions and marginal effects to compare groups in regression models for binary outcomes”. Sociological Methods & Research, On Line First. Disponível em: https://doi.org/10.1177/0049124118799374. Acesso em: 12 ago. 2019.

MOOD, Carina. (2010), “Logistic regression: Why we cannot do what we think we can do, and what we can do about it”. European Sociological Review, v. 26, n. 1, pp. 67–82.

RIBEIRO, Carlos A. (2012), “Quatro décadas de mobilidade social no Brasil”. Dados – Revista de Ciências Sociais, v. 55, n. 3, pp. 641-679.

RIBEIRO, Carlos A. (2017a), “Occupational and income intergenerational mobility in Brazil between the 1990s and 2000s”. Sociologia & Antropologia, v. 7, n. 1, pp. 157-185.

RIBEIRO, Carlos A. (2017b), “Tendências da desigualdade de oportunidades no Brasil: mobilidade social e estratificação educacional”. Mercado de Trabalho: conjuntura e análise (IPEA), n. 62, pp. 49-65.

TORCHE, Florencia; RIBEIRO, Carlos A. (2010), “Pathways of change in social mobility: Industrialization, education and growing fluidity in Brazil”. Research in Social Stratification and Mobility, v. 28, n. 3, pp. 291–307.

TORCHE, Florencia. (2011), “Is a college degree still the great equalizer? Intergenerational mobility across levels of schooling in the United States”. American Journal of Sociology, v. 117, n. 3, pp. 763-807.

TORCHE, Florencia. (2014), “Intergenerational mobility and inequality: The Latin American case”. Annual Review of Sociology, v. 40, pp. 619-642.

TORCHE, Florencia. (2015), “Analyses of intergenerational mobility: an interdisciplinary review”. The ANNALS of the American Academy of Political and Social Science, n. 657, p. 37-62.

TORCHE, Florencia. (2016), Education and the intergenerational transmission of advantage in the US. In: BERNARDI, Fabrizio; BALLARINO, Gabriele (ed.). Education, Occupation and Social Origin. Cheltenham: Edward Elgar Publishing. pp. 237-254.

Downloads

Publicado

08/12/2019

Como Citar

Figueiredo Santos, J. A. (2019). Origem de Classe e Destino ao Topo Social no Brasil |Class Origin and Destination to Social Top in Brazil. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 7(16). https://doi.org/10.20336/rbs.492

Edição

Seção

Artigos