Do Estado ao Empreendedorismo Social: Burocracias cotidianas, risco moral e gestão da vulnerabilidade em uma empresa de regularização fundiária em São Paulo

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Autores

  • Moisés Kopper Max Planck Institute for the Study of Societies
  • Isabella Hay Ide

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.436

Resumo

Nos últimos anos, empresas sociais passaram a oferecer alternativas ao governo da pobreza e a ocupações informais de terra nas periferias urbanas brasileiras. Este artigo baseia-se em pesquisa etnográfica com a maior startup envolvida na mediação de acordos jurídicos de regularização fundiária em São Paulo. Mostramos como tais negócios recriam tecnologias de intervenção tipicamente associadas ao Estado e ao mercado, engajando moradores locais em encontros burocráticos contingentes pelos quais a terra é deslocada para o mercado e residentes são convertidos em mutuários-pagantes. O conceito de burocracias cotidianas ilumina o funcionamento prático e colaborativo dessas infraestruturas como dispositivos de gestão da espera, em que vulnerabilidade, risco moral e associativismo são convertidos em atributos de subjetividades aspirantes que projetam um futuro perfeito de titulação da terra.

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Biografia do Autor

Moisés Kopper, Max Planck Institute for the Study of Societies

Doutor em Antropologia Social; Pós-Doutorando, Max Planck Institute for the Study of Societies (MPIfG), Colônia, Alemanha. 

Isabella Hay Ide

Graduanda em Ciências Sociais; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

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Publicado

01/02/2019

Como Citar

Kopper, M., & Ide, I. H. (2019). Do Estado ao Empreendedorismo Social: Burocracias cotidianas, risco moral e gestão da vulnerabilidade em uma empresa de regularização fundiária em São Paulo. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 7(15). https://doi.org/10.20336/rbs.436