As Elites de Cor: Thales de Azevedo e o Projeto UNESCO de Relações Raciais no Brasil

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Autores

  • Marcos Chor Maio

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.206

Resumo

Este artigo  tem  por objetivo  abordar a participação de Thales de Azevedo no ciclo de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil, patrocinado pela UNES- CO no início  da década de 1950,  e, sobretudo, abordar sua  investigação que resultou no livro As Elites de Cor: um  estudo  de ascensão social. Em seu estu- do, o processo de modernização da sociedade baiana, os desafios à tradição e a dinâmica da  mobilidade social  são concebidos como  potenciais geradores de conflito racial.  Esses  resultados revelam uma  densa pesquisa socioantro- pológica das relações entre  negros,  mulatos e brancos em Salvador, ainda que, por  vezes,  coloquem em  tensão as linhas interpretativas mais  gerais  de  seu trabalho sobre  a alegada convivência racial  harmônica. Inicialmente o artigo versa sobre  a trajetória de Thales de Azevedo da medicina social  à antropolo- gia. A segunda parte  do texto se atém ao contexto de produção da investigação e a análise de “As Elites de Cor”. Diferente da visão comumente aceita  de que a intenção do projeto UNESCO de relações raciais era demonstrar que  o Bra- sil  representava uma  espécie de  paraíso racial,  o estudo socioantropológico de  Thales de  Azevedo evidencia que,  desde o início  do  ciclo  de  pesquisas da UNESCO, houve um interesse da instituição em abordar as desigualdades sociorraciais no  Brasil.  A investigação da  dinâmica da  ascensão social  das pessoas de cor foi um importante desafio  assumido pela agência internacional para  tornar inteligíveis as assimetrias raciais.

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Publicado

01/01/2018

Como Citar

Maio, M. C. (2018). As Elites de Cor: Thales de Azevedo e o Projeto UNESCO de Relações Raciais no Brasil. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 5(10). https://doi.org/10.20336/rbs.206

Edição

Seção

Artigos